Dedo de dinossauro ajuda a explicar asa das aves modernas
Cakkos amigos, mais uma notícia do assunto que sou aficionado, DINOSSAUROS!!!
Como os dedos dos dinossauros foram parar nas asas das aves de hoje? Um fóssil descoberto na China de um dinossauro herbívoro primitivo com 155 milhões de anos pode ter dado a resposta. O achado apresenta um vestígio do que teria sido o primeiro dedo junto de três outros de tamanho normal, constituindo um estágio de transição evolutiva entre as patas e as asas.
O Limusaurus inextricabilis ("lagarto da lama que não pode ser retirado") pertenceu ao grupo dos terópodes, dinos bípedes entre os quais estão os grandes carnívoros, como o tiranossauro, e também os ancestrais das aves modernas.
Apesar do parentesco com grandes predadores, ele teria no máximo 1,5 metro de comprimento, do bico sem dentes até a cauda. Foi achado em um local da bacia Junggar, em Xinjiang, noroeste da China.
O dino agora revelado tem vários pontos originais. Ele é considerado o primeiro ceratossauro asiático, um grupo de dinos que inclui predadores bem maiores, com até oito metros de comprimento, em geral achados no hemisfério Sul. Mas, ao contrário dos outros ceratossauros, ele não tem um chifre na cabeça. E ele também é o único terópode herbívoro e com bico do período geológico conhecido como Jurássico.
A descrição do fóssil está publicada na edição da revista científica "Nature" por pesquisadores da China, EUA, Canadá e México.
Falso predador
Em terópodes como o Velociraptor, os membros superiores ajudam a segurar a presa. "No entanto, as mãos do Limusaurus e de outros ceratossauros provavelmente não são usadas para a predação. O relaxamento da função predatória pode causar a redução dos dígitos, e assim o primeiro dedo foi reduzido e perdido no Limusaurus e seus parentes próximos", disse o principal autor da pesquisa, Xing Xu, do Instituto de Paleontologia de Vertebrados de Pequim.
O nome do bicho também poderia ser aplicado ao seu achado, enquistado em um bloco de rocha. "Levou muito tempo para preparar o manuscrito. Nós coletamos os fósseis em 2002 e 2004", diz Xu. Tão incrustado estava o fóssil na rocha que Xu e seus colegas de início nem perceberam a mão especial do animal.
Os dinos mais antigos do grupo dos terópodes costumavam ter cinco dígitos nas mãos. Os representantes posteriores do grupo passaram a ter três, assim como as asas das aves.
Mas a ordem dos dedos remanescentes não bate entre dinos e aves. Pela forma do esqueleto, os terópodes mantiveram os três dedos internos (1 --o equivalente ao polegar humano--, 2 e 3); já as aves teriam perdido um dedo de cada lado da mão (ficaram com os dígitos 2, 3 e 4).
O L. inextricabilis tem o primeiro dedo grandemente reduzido, além do 2, 3 e 4 de tamanho normal. Tal vestígio de polegar seria a prova de como se teria dado a transição dos antigos cinco dedos para os três que ficaram nas asas.
Fonte: (1)
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